sábado, 29 de abril de 2017

Brasil: Maior greve geral da história do país contou com 40 milhões de brasileiros // CUT: Paralización es la mayor de la historia: 35 millones de brasileños dejan de trabajar // La huelga general contra las reformas de Temer se siente en todo Brasil // Uruguay: Acto por el Día de los Trabajadores // Otro 28 de abril... A RAÚL SENDIC “...POR LA TIERRA Y CON VOS...” por miguel ángel olivera

Maior greve geral da história do país contou com 40 milhões de brasileiros

Dia foi de bloqueio de estradas e ruas, fechamento de garagens de ônibus, além de passeatas e ocupações

Cerca de 70 mil pessoas estiveram no ato da Greve Geral no Largo da Batata, na capital paulista - Créditos:  / Ricardo Stuckert
Cerca de 70 mil pessoas estiveram no ato da Greve Geral no Largo da Batata, na capital paulista / / Ricardo Stuckert
No dia da greve geral, convocada por centrais sindicais e movimento populares, mais de 40 milhões trabalhadores e trabalhadoras de todo o país paralisaram suas atividades, segundo dados dos organizadores. A sexta-feira (28) ficou marcada como a maior greve da história brasileira, segundo afirmou a Frente Brasil Popular, que junto com o Fórum das Centrais e a Frente Povo Sem Medo convocou as ações.
O dia amanheceu com garagens de ônibus paralisadas, piquetes nas fábricas, vias bloqueadas, ruas vazias e centenas de categorias de trabalhadores com os braços cruzados por todo o Brasil.
CONFIRA UM RESUMO NO VÍDEO:
>> Confira aqui as ações em diversas cidades, na cobertura minuto a minuto do Brasil de Fato.
Para João Paulo Rodrigues, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), "a greve conseguiu chegar ao conjunto da classe trabalhadora e, acima de tudo, fazer um grande debate sobre a importância da luta e da resistência contra as reformas do governo golpista de Michel Temer". Ele ainda refirmou que segue "o compromisso de continuar a luta" e que espera que "o Congresso Nacional tenha a sensibilidade de parar imediatamente as duas votações [das reforma trabalhista e da Previdência]. Caso contrário, nós vamos convocar uma nova greve geral por tempo indeterminado".
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à Rádio Brasil Atual, afirmou pela manhã que o sucesso da greve também significa que está sendo ampliada a conscientização do povo brasileiro em relação aos impactos das reformas pretendidas. "A greve teve adesão da dona de casa, dos trabalhadores do pequeno comércio. O movimento sindical e o povo brasileiro estão fazendo história", avaliou.
Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, essa é a maior greve trabalhista já realizada no país. Ele a comparou ao movimento de 1989, quando 35 milhões de trabalhadores paralisaram os trabalhos. "Ainda não há estimativa, mas a Central vai ultrapassar esse número", disse, em entrevista para o Congresso em Foco.
Logo nas primeiras horas da madrugada, diversas cidades registraram paralisações e piquetes de trabalhadores de diversas categorias, como as de transporte público. Metrôs, ônibus e trens de uma série de cidades não circularam por 24h. Entre as dezenas de categorias que aderiram ao dia nacional de paralisação nos mais diversos ramos da economia, estão a de transporte, escolas, bancos e indústria em todo o país. Estabelecimentos de saúde – hospitais, unidades básicas, prontos-socorros –, onde não se pode paralisar 100%, os trabalhadores vão fazer escala semelhante à de final de semana, priorizando o atendimento a emergências. 
Também aderiram à greve os bancários (em 22 estados), metalúrgicos (sete estados), comerciários (seis estados), eletricitários, químicos, petroleiros e trabalhadores de saneamento básico e dos Correios. Os servidores públicos das demais áreas, inclusive do Judiciário, aderiram à paralisação em todas as capitais e dezenas de cidades médias, assim como os trabalhadores do Porto de Santos.
Confira abaixo mais detalhes de como foi a Greve Geral em alguns estados.
SÃO PAULO

Cordão policial em volta da casa de Michel Temer, na capital paulista | Foto: Julia Dolce/Brasil de Fato
Na cidade de São Paulo, diversos movimentos populares e militantes, convocados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, saíram de diversos pontos da cidade para chegarem à concentração geral, no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista. A ação reuniu 70 mil manifestantes e caminhou do local, localizado próximo à avenida Faria Lima, até a casa do presidente golpista Michel Temer.
De forma pacífica e entoando palavras de ordem, os ativistas foram atacados pela Polícia Militar próximo à residência do mandatário não eleito. Como acompanhou a reportagem do Brasil de Fato, um cordão de policiais foi formado no entorno do local e, com a aproximação do ato, iniciaram os avanços da força de repressão.
Anda nesta sexta-feira (28), dia de greve geral, a Polícia Militar (PM) invadiu o Sindicato dos Bancários de de São Paulo, Osasco e Região, por volta das 17h, mesmo horário em que estava marcado um ato dos movimentos populares e centrais sindicais, no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista. Segundo informações do sindicato, os policiais intimidaram manifestantes sob o argumento de “proteger o patrimônio público”.
Em publicação em seu site, informou que os trabalhadores estavam na porta da sede do sindicato se manifestando, quando cerca de cinco PMs foram até eles e entraram na entidade, armados, revistando os militantes, "de forma truculenta e agressiva".
Já no período da manhã, seis integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que realizavam um protesto na Radial Leste, em São Paulo (SP), foram detidos e se encontram no 65º Distrito Policial (DP), Artur Alvim, na Zona Leste da capital. Ao todo, durante este dia de greve, foram detidos 16 manifestantes na cidade de São Paulo até às 11h, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública. Além dos seis militantes que se encontram no DP de Arthur Alvim, outros quatro foram encaminhados ao 33º DP, Pirituba, Zona Norte; e mais 6 detidos que foram levados ao 92º DP, Ceasa, na Zona Oeste.
Ainda madrugada desta sexta-feira (28), a Frente de Luta por Moradia (FLM), membro da Central de Movimentos Populares, além de coletivos de cultura, deram início às ações da greve geral em São Paulo, com a ocupação cultural “Casa Aberta, Praça de Todos”. Cerca de 300 integrantes dos movimentos ocuparam um terreno no centro da capital paulista, como parte de uma iniciativa chamada Abril Vermelho, na Ladeira da Memória.
PARANÁ
Mais de 90 categorias de trabalhadores do Paraná aderiram à paralisação contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo golpista de Michel Temer (PMDB), nesta sexta-feira (28). Cerca de 200 mil pessoas participaram de mobilizações e pelo menos 400 aderiram à greve em todo o estado, de acordo com estimativas da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR).
Em Curitiba, terminais de transporte público, ruas e praças estavam completamente vazias no início da manhã, devido à adesão dos trabalhadores do transporte coletivo à greve geral. Apenas carros transitavam pela cidade. Enquanto isso, em pontos diversos da capital, movimentos sociais e organizações sindicais promoviam atos e protestos localizados. Segundo a organização, 30 mil pessoas participaram da marcha que partiu do Centro Cívico, passou pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e seguiu até a Praça Tiradentes, onde houve o encerramento, perto das 14h. Saiba mais sobre o dia de Greve Geral no Paraná.
PERNAMBUCO
Nas garagens de ônibus, braços cruzados ou mãos em punho e cartazes com anúncio da Greve Geral. Em vias importantes do estado e da cidade do Recife, bloqueios feitos por militantes de movimentos populares. Foi assim que esta sexta-feira (28) começou em Pernambuco. A adesão ao chamado da Greve Geral, contra as reformas propostas pelo governo golpista de Michel Temer, é grande em todo Brasil.
Trabalhadores (as) das empresas de ônibus e integrantes de movimentos populares e sindicatos, se reuniram na frente das garagens de ônibus do Recife já na madrugada, com o objetivo de garantir que nenhum ônibus circulasse na capital pernambucana. Os principais terminais integrados de passageiros estavam vazios. Saiba mais sobre o dia de Greve Geral em Pernambuco.
RIO GRANDE DO SUL
O centro de Porto Alegre (RS) amanheceu vazio devido a grande adesão à greve geral de diversas categorias, como bancos, escolas e universidades, comércios e justiça do trabalho. Além disso, em todo o estado, foram bloqueadas diversas estradas. 
Na madrugada desta sexta-feira, a BR 290 nos sentidos interior-capital, próximo a Ponte do Guaíba em Porto Alegre , e capital-interior, em Eldorado do Sul foram trancadas por cerca de 200 integrantes do MST, Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), e centrais sindicais. As rodovias foram liberadas após ação truculenta do Batalhão do Choque da Brigada Militar, que lançou bombas de gás lacrimogênio contra os manifestantes.
Ainda em Porto Alegre, foram realizadas mobilizações em diversos pontos da cidade, entre elas, as empresas de ônibus, a rodoviária, a prefeitura, os terminais de ônibus e o Centro Administrativo do Estado. Saiba mais sobre o dia de Greve Geral no Rio Grande do Sul.
RIO DE JANEIRO
Em adesão à greve geral convocada para esta sexta-feira, aeroviários paralisam atividades nos aeroportos Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro. No Galeão, a maior parte dos cancelamentos de voos foram de companhias aéreas internacionais, informou o movimento grevista.
A greve geral teve impacto em várias regiões do Rio. A ponte Rio Niterói foi ocupada por manifestantes, além disso tem bloqueios na Av. Brasil, Radial Oeste, Linha Vermelha, Rodovia Niterói-Manilha e nos acessos às barcas e ao terminal rodoviário Nova Alvorada, um dos maiores da cidade. Esses são importantes pontos de circulação da cidade e região metropolitana, por onde passam milhares de trabalhadores todos os dias. Saiba mais sobre o dia de Greve Geral no Rio de Janeiro.
PARÁ
Diversas cidades do estado do Pará aderiram à greve geral desta sexta-feira (28). Em Belém (PA), as ações começaram ainda de madrugada. Cerca de 50 mil pessoas participaram da marcha convocada por vários movimentos e sindicatos. Diversos pontos estratégicos da capital paraense foram fechados, como o trecho da Alça Viária, a BR 316, e as avenidas Almirante Barroso (próximo ao bairro de São Braz), Augusto Montenegro e Presidente Vargas.
Segundo a integrante do Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense, Domingas de Paula Martins Caldas, que participa das manifestações em Belém, a greve de hoje é histórica. "Eu comecei na luta com 17 anos, agora tenho 64 e estou indignada. Foram muitos anos que nós lutamos para obter uma conquista mínima para as mulheres, e hoje com uma canetada de uma criatura irresponsável, se quer matar o povo de fome, trazer a miséria de volta para nosso país. Nós somos contra [as reformas] e por isso nós estamos nas ruas".
A surpresa do dia foi que parte dos rodoviários, que não aceitaram o acordo com o sindicado patronal, negociado na quinta-feira (27), aderiram à greve. Os motoristas se mobilizaram parando os ônibus e furando os pneus, bloqueando, assim, o acesso de uma das principais avenidas de Belém, a Almirante Barroso. Saiba mais sobre o dia de Greve Geral no Pará.
MINAS GERAIS
De acordo com a Frente Brasil Popular, cerca de 150 mil pessoas participaram do ato em Belo Horizonte, contra as medidas do presidente golpista, Michel Temer. A mobilização contou com diversos setores da sociedade, como sindicalistas, sem-terra, indígenas da etnia Xakriabá e estudantes.
Cerca de 15 mil pessoas, de acordo com a Frente Brasil Popular, foram às ruas em Uberlândia, nesta sexta-feira. Em Juiz de Fora, a Greve Geral reuniu na Zona da Mata mineira, cerca de 30 mil manifestantes. Também houve fechamento da BR 116, em Itaobim. Em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de BH, manifestantes bloquearam a rodovia BR 040. Saiba mais sobre o dia de Greve Geral em Minas Gerais.
Edição: Vivian Fernandes
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Acompanhe em tempo real as paralisações no Brasil nesta sexta-feira
https://www.brasildefato.com.br/especiais/greve-geral-28a/


Somos mais de 35 milhões e a greve ainda nem terminou



Las primeras estimaciones informaban de que 35 millones de trabajadores participaron en la Huelga General. Màs tarde se informò de que los huelguistas fueron 40 millones.

CUT: Paralización es la mayor de la historia: 35 millones de brasileños dejan de trabajar

Para Lula, este resultado representa una concientización del pueblo brasileño en relación a los impactos de las reformas

Las movilizaciones son para denunciar los cortes de derechos promovidos por las reformas laboral y de las pensiones - Créditos: Michael Fox
Las movilizaciones son para denunciar los cortes de derechos promovidos por las reformas laboral y de las pensiones / Michael Fox
La huelga general de este viernes (28) ya es considerada por la Central Única de Trabajadores (CUT) como la mayor movilización de la historia de Brasil, y estima que cerca de 35 millones de brasileños dejaron de trabajar. Para el presidente de la CUT, Vagner Freitas, esta es la mayor huelga laboral ya realizada en el país, y la comparó con el movimiento de 1989, cuando 35 millones de trabajadores paralizaron sus trabajos. “Aun no hay una estimación, pero la central cree que va a sobrepasar ese número”, dijo Freitas al portal Congreso en Foco.
Desde las primeras horas de la mañana de este 28 de abril ya era posible sentir el clima en diversas ciudades del país, con calles vacías, metros y trenes parados, fábricas cerradas, buses en los garajes y carreteras bloqueadas. La huelga general tuvo gran adhesión en las más diversas categorías de trabajadores, afectando significativamente la movilidad en São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba y prácticamente todas las grandes ciudades del país.
No existen números disponibles sobre el total de trabajadores en huelga, pero lideres sindicales festejan el éxito del movimiento y no tienen dudas de que millones de personas dejaron de trabajar hoy en Brasil. Decenas de categorías adhirieron al día nacional de paralización, parando transporte, escuelas, bancos e industria en todo el país. Establecimientos de salud – hospitales, unidades básicas, primeros auxilios –, donde no se puede paralizar 100%, los trabajadores van a hacer turnos semejantes a los de fin de semana, priorizando el atendimiento de emergencias.
Las movilizaciones son para denunciar los recortes de derechos promovidos por las reformas laboral y de las pensiones del gobierno golpista de Michel Temer (PMDB).
En entrevista con la Radio Brasil Actual esta mañana, el ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva consideró la huelga contra el gobierno Temer un "éxito total". Él resaltó que las calles de São Paulo y de São Bernardo do Campo, en ABC paulista, donde reside, están vacías, una señal de que "las personas resolvieron paralizar en protesta contra el recorte de derechos, contra la reforma laboral, la reforma de las Pensiones, el desempleo y la reducción de salarios."
Para él, ese resultado representa una concientización del pueblo brasileño en relación a los impactos de las reformas del gobierno federal. "La huelga tuvo adhesión de la ama de casa, de los trabajadores del pequeño comercio. El movimiento sindical y el pueblo brasileño están haciendo historia", resaltó. "Ni en domingo las ciudades tienen tráfico tan leve como el que vi hoy. El pueblo se quedó en casa. Las personas no necesitan ir a la calle en día de huelga. Esto es una clara demostración de que las personas resolvieron paralizar en protesta contra el recorte de derechos que el gobierno viene haciendo. Es una satisfacción saber que el pueblo brasileño está tomando conciencia", afirmó.
Acompañe aquí minuto a minuto la cobertura de las acciones en todo el Brasil este viernes.
Edición: Luiz Felipe Albuquerque | Traducción: Pilar Troya


  • a maior greve do Brasil. Foi linda. Já queremos outra!
  • atos concluem dia de greve no Brasil
  • Dilma elogia greve geral: “Momento de esperança e resistência”
  • Está de greve Use a hastag e poste a sua foto, a sua opinão
  • Forte repressão da PM é marca dessa
  • Frente BrasilPopular Retweetade Comunique-se
    Frente BrasilPopular

    La huelga general contra las reformas de Temer se siente en todo Brasil  

    La movilización ha tenido mayor intensidad en Sao Paulo, con al menos 16 personas detenidas por su participación en las protestas. La clave de la paralización en la mayoría de las 27 capitales regionales ha sido la adhesión de los sindicatos del transporte.
    Una manifestante sostiene una pancarta en la que pide la salida de Temer del gobierno en las protestas de este viernes. REUTERS/Ueslei Marcelino
    Una manifestante sostiene una pancarta en la que pide la salida de Temer del gobierno en las protestas de este viernes. REUTERS/Ueslei Marcelino
    La primera huelga general en 20 años convocada para este viernes en Brasil se siente en todo el país, aunque con diversos grados de adhesión. El paro ha sido impulsado por los principales sindicatos del país contra las reformas promovidas por el presidente Michel Temer.
    La clave de la paralización en la mayoría de las 27 capitales regionales ha sido la adhesión de los sindicatos del transporte, lo cual ha impedido llegar a los centros de trabajo de, incluso a las personas opuestas a las protestas.
    Según diversas fuentes, la huelga ha tenido mayor intensidad en Sao Paulo, el corazón financiero e industrial del país y también fortín de las mayores centrales obreras, que en su mayoría se han unido a la paralización.
    En Río de Janeiro la paralización no tenía la misma intensidad ya que la adhesión del transporte era menor, mientras que en Brasilia la circulación de autobuses era mínima, con lo que la protesta tenía impacto incluso en el sector público.
    La Explanada de los Ministerios, la avenida de Brasilia en la que se concentran la mayoría de los edificios oficiales, amaneció cerrada al tránsito por razones de seguridad y con la vigilancia reforzada, frente a diversas manifestaciones que han sido convocadas para esta jornada.
    Un hombre intenta romper la puerta de una tienda durante una protesta en la huelga general de este viernes en Brasil REUTERS / Paulo Whitaker
    Un hombre intenta romper la puerta de una tienda durante una protesta en la huelga general de este viernes en Brasil REUTERS / Paulo Whitaker
    En diversos lugares del país grupos de manifestantes bloquearon avenidas y carreteras con neumáticos, a los que en muchos casos les prendieron fuego, y hasta llegaron a enfrentarse con la policía en refriegas sin mayores consecuencias.
    La policía se enfrentó con los manifestantes en algunas ciudades, impidiéndoles las entradas a los aeropuertos. Además han empleado gas lacrimógeno para disuadir a los manifestantes que se apostaban en las carreteras. 
    Al menos 16 personas han sido detenidas hasta el momento por su participación en las protestas en Sao Paulo, en las que han sido saqueadas algunas tiendas, agencias de bancos y mobiliario público.
    En Sao Paulo, los manifestantes tienen previsto marchar hasta la residencia particular de Temer, quien desde el pasado 31 de agosto, cuando sustituyó de manera efectiva a la destituida Dilma Rousseff, ha llevado a cabo una profunda agenda de reformas de ajuste fiscal que ha generado un gran descontento en sectores de la población.
    Las autoridades tapiaron este jueves las ventanas de los principales edificios gubernamentales de la ciudad de Brasil ante los posibles enfrentamientos entre policía y manifestantes. 
    "Esta va a ser la ​huelga general más grande de la historia de Brasil", dijo Paulo Pereira da Silvia, presidente del sindicato Forca Sindical.
    El alcalde de Sao Paulo, Joao Doria, criticó la huelga convocada y afirmó que los huelguistas son "perezosos" y "se levantan tarde".
    "Yo me despierto temprano y trabajo. Yo no soy huelguista, que duerme, es perezoso y se levanta tarde", aseguró el también empresario en una entrevista a la radio Jovem Pam.
    Los manifestantes amenazaron con bloquear el trayecto que Doria realiza diariamente para llegar al Ayuntamiento, pero el alcalde se jactó de haberse despertado antes que ellos y conseguir así llegar a su puesto de trabajo.

    Los motivos de la huelga general

    La principal causa del descontento es una polémica reforma de las leyes que rigen el sistema de jubilación, la cual propone aumentar la edad para acceder a ese beneficio, pero el malestar también ha sido alimentado por otras medidas impulsadas por Temer.
    Entre ellas, figuran una reforma laboral, ya aprobada en primera instancia en la Cámara de Diputados, que abarata la mano de obra, darle carácter formal a convenios colectivos aún cuando no se ajusten a la ley y eliminar la contribución obligatoria de los trabajadores a los sindicatos, que así perderían poder económico.
    También incide en el descontento otra reforma ya sancionada por el Gobierno, la cual permite que las empresas conviertan a todos sus empleados en personas jurídicas o prestadores de servicios para todo tipo de actividad.
    Miembros de la policía intentan desbloquear algunas calles que fueron bloqueadas por manifestantes hoy, viernes 28 de abril de 2017, durante una protesta por la 'huelga general' que se adelanta en el país, en Río de Janeiro (Brasil). EFE
    Miembros de la policía intentan desbloquear algunas calles que fueron bloqueadas por manifestantes hoy, viernes 28 de abril de 2017, durante una protesta por la "huelga general" que se adelanta en el país, en Río de Janeiro (Brasil). EFE
    Según los sindicatos y hasta el Ministerio Público del Trabajo, esas medidas atentan contra derechos consagrados en la Constitución y suponen un "retroceso" que anula "conquistas históricas" de los trabajadores.
    El Gobierno, por su parte, sostiene que esas medidas son claves para "modernizar" la legislación laboral, transmitir confianza a los inversores, impedir la quiebra del deficitario régimen de pensiones y jubilaciones y devolver así el equilibrio a la maltrecha economía del país, sumergida desde 2015 en una profunda recesión.
    También sostiene que esas medidas permitirán combatir en forma efectiva el desempleo, que según informaron hoy fuentes oficiales llegó en el primer trimestre de este año al 13,7 %, lo que supone que 14,2 millones de brasileños están sin trabajo.


    URUGUAY

    Otro 28 de abril...
    A RAÚL SENDIC



    “...POR LA TIERRA Y CON VOS...”

    por miguel ángel olivera
    “el cristo”

    y
    ahora...
    qué plaza de los caídos llevará tu nombre
    qué discurso te pondrá en tu sitio
    qué fecha será tuya e indeleble...?

    quién te hereda
    los ojos la mira la mirada
    la voz chiquita y terca de línea meridiana
    la mansa risa de los campamentos
    la artiguísima frente de luz en los cantones
    la enérgica firmeza de la acción...?

    quién no te debe
    un rumbo cierto
    una palabra exacta
    una señal precisa
    un triye clandestino
    llegador como él sólo...

    cómo será –de hoy en adelante-
    el grito la consigna la pancarta
    la siempreviva lucha de tu pueblo
    tupamareando el curso de la historia...?

    dónde volverá a ser
    tu Itacumbú
    tu Marquetalia
    tu Tiro Suizo tan certero y claro
    tu tranco convencido
    por-la -vereda- de-los-pares...

    cuándo vendrá
    tu aurora
    tu cosecha
    tu vendimiosa frutedad
    tu tierra
    -sobre todo tu tierra tan peleada-
    peludamente
    y
    palmo a palmo
    nuestra...?

    ...muerto de muchas veces desde tu largo entonces
    buscado requerido tiroteado capturado
    no rendido de nunca y siempre en el combate
    cañero empecinado de la zafra de todos...
    ...
    te cargamos al hombro
    y
    sólo pesas
    como
    un fusil una semilla
    un niño una victoria
    un continente y
    una estrella...

    no pesan
    la bandera
    ni
    tu cuerpo

    fardo glorioso alzado a lomo nuestro...

    ...en esta multitud que te acompaña
    anda el pedazo baleado de tu lengua
    convocando orientales
    reuniendo amaneceres
    repitiendo seguro :
    venceremos...!

    Raúl
    “Rufo”
    Canario
    COMPAÑERO...!!

    miguel ángel olivera
    “el cristo”